EUA Não Reconhecem Chapo e Sugerem Venâncio Mondlane como Alternativa
Em um
movimento incomum na política internacional, o governo dos Estados Unidos ainda
não reconheceu oficialmente Daniel Francisco Chapo como Presidente de
Moçambique, mesmo após a validação das eleições pelo Conselho Constitucional
moçambicano.
Segundo
informações obtidas pelo portal Jornal Ao Minuto, essa postura reflete
preocupações com a transparência do processo eleitoral e os episódios de
repressão policial durante manifestações após as eleições.
O porta-voz
do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, declarou que as eleições em
Moçambique "não foram livres, justas ou transparentes" e reiterou a
necessidade de respeito aos direitos humanos e à democracia.
Em
contraste, aliados históricos de Moçambique, como Rússia, China e Bielorrússia,
felicitaram Chapo imediatamente após o pleito, alinhados com seus interesses
estratégicos na região.
A relação
histórica de Moçambique com a Rússia, que remonta ao período da independência,
continua a influenciar a política externa do país, gerando tensões com o
Ocidente.
Essa aliança
impactou decisões estratégicas importantes, como a recusa de Moçambique em
permitir a instalação de uma base militar norte-americana no Porto de Nacala,
fortalecendo a influência russa.
Enquanto
isso, Venâncio Mondlane, um dos principais nomes da oposição, surge como uma
possível alternativa nas discussões internacionais, recebendo apoio de sectores
críticos ao actual governo.
Analistas
avaliam que a falta de reconhecimento oficial dos EUA é um sinal claro de
insatisfação com os rumos da política interna moçambicana, particularmente em
relação à governança e aos direitos civis.
A situação permanece tensa, com os EUA exigindo reformas e transparência enquanto a Rússia mantém seu apoio incondicional ao governo da Frelimo. A complexa rede de alianças e interesses internacionais reforça o papel estratégico de Moçambique no cenário global.