
Moçambique, 14 de Maio de 2025 – A tão esperada reestruturação nas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) deu os primeiros sinais concretos com a destituição do Presidente do Conselho de Administração, Marcelino Gildo Alberto, e a nomeação de uma comissão de gestão liderada por Dane Kondić.
A mudança surge após meses de denúncias públicas, escândalos e críticas à gestão da companhia estatal, hoje mergulhada numa crise financeira e institucional profunda.
A análise do portal Integrity não poupa críticas ao sistema político vigente, acusando a partidarização da gestão pública de inviabilizar qualquer tentativa séria de reforma na LAM.
A publicação defende que a crise da transportadora não é apenas de má gestão, mas do enraizamento de práticas corruptas e clientelistas sustentadas por redes de interesses instaladas dentro do Governo e do partido Frelimo.
O artigo propõe uma “purga total” na LAM, que inclua antigos ministros e conselheiros presidenciais, responsabilizando-os por anos de má administração e decisões duvidosas.
Também critica o uso indevido de fundos públicos, como nas recentes viagens à Europa supostamente para aquisição de aviões, que resultaram em desperdício de recursos.
A LAM, segundo o texto, representa um símbolo do colapso de várias empresas públicas, e a sua salvação exige mais do que figuras estrangeiras ou tecnocratas — requer um compromisso genuíno com o interesse público e o fim da cultura de impunidade.
Fonte: Integrity Magazine, 14 de Maio de 2025.