
“Não somos oposição, somos moçambicanos com sonhos”, afirma Edson Cortez nos 20 anos do CIP
Durante a cerimónia que assinalou os 20 anos do Centro de Integridade Pública (CIP), o diretor-executivo da organização, Edson Cortez, destacou o papel fundamental da sociedade civil no fortalecimento da democracia e na defesa dos interesses do povo moçambicano, deixando claro que o CIP não é oposição, mas sim um aliado na construção de um país mais justo.
Num discurso marcado por emoção e firmeza, Cortez recordou a contribuição do CIP no processo das dívidas ocultas, que ajudou Moçambique a vencer o processo judicial em Londres.
Segundo ele, foi com base num estudo feito pela organização que a empresa Peters & Peters, que representava o país no tribunal britânico, conseguiu sustentar os cálculos que levaram à vitória.
“Nunca recebemos um elogio público, mas ajudámos Moçambique. Se o país for ressarcido, será o governo da Frelimo a beneficiar. E ainda assim, tentaram silenciar-nos”, declarou.
Cortez também lembrou a luta pela introdução do imposto sobre as mais-valias, implementado em 2013, que resultou num dos maiores níveis de tributação da história de Moçambique. Para ele, isso mostra que o CIP atua com propostas e soluções concretas, e não com oposição vazia.
“Somos moçambicanos com sonhos. Não temos outra nacionalidade. Este é o nosso país e é aqui que queremos contribuir”, reforçou, acrescentando críticas àqueles que tentam calar vozes críticas enquanto mantêm duplas nacionalidades ou investimentos no exterior.
Finalizando, o diretor do CIP defendeu que, até para combater a corrupção, é preciso fortalecer a economia, criar oportunidades e garantir que o dinheiro público beneficie a todos.
“O CIP não é inimigo do governo nem da Frelimo. Criticamos quem está no poder porque são eles que dirigem o país”, concluiu, sendo aplaudido de pé. Continua LER mais Clique Aqui para ver mais...
📌 Fonte: Centro de Integridade Pública (CIP) – Declaração de Edson Cortez nos 20 anos da organização