
Nomeação Polémica: José Pacheco Assumirá Direcção da SISE com Passado Marcado por Controvérsias
A recente nomeação de José Pacheco como novo director do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), anunciada esta terça-feira pelo Presidente da República, Daniel Chapo, está a gerar reações intensas, principalmente nas redes sociais e entre analistas políticos.
Segundo o activista Jota Pachoneia, trata-se de uma escolha carregada de simbolismo e polémica. Em publicação feita na sua conta, o activista relembra episódios marcantes e controversos do passado político de Pacheco, sugerindo que sua ascensão à liderança da inteligência moçambicana representa uma continuidade de práticas autoritárias.
Jota faz menção direta ao massacre de Novembro de 2000 em Montepuez — durante o período em que Pacheco era Governador de Cabo Delgado — onde mais de 120 manifestantes detidos morreram sufocados numa cela superlotada.
O episódio continua sem resposta clara da justiça e mancha a memória de governação da Frelimo naquela época.
Outro ponto sensível apontado por Pachoneia diz respeito à repressão de manifestações em Maputo contra o elevado custo de vida, quando Pacheco, já em cargos centrais, se referiu aos manifestantes como “vândalos”, termo que segundo o comentador ficou enraizado no discurso do partido no poder.
Além disso, destaca-se o seu papel nas negociações com a Renamo, onde, segundo o ativista, Pacheco demonstrava atitudes de arrogância e inflexibilidade, tratando outros interlocutores como subordinados.
“Pacheco é daqueles tipos que vai assumir a posição pela experiência de complicar a vida dos moçambicanos”, escreveu Pachoneia, traçando um perfil pouco animador do novo homem forte da segurança interna.
A nomeação de José Pacheco, à luz destas memórias, levanta questões sobre o rumo das instituições de segurança em Moçambique e sobre a disposição real do governo para reformas democráticas. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: Jota Pachoneia, publicação na sua Rede Social/Facebook