
A insurgência armada volta a atingir a província de Niassa, no norte de Moçambique. Mais de duas mil pessoas abandonaram os distritos de Macalange e Mbamba após ataques brutais a áreas protegidas, incluindo a Reserva Especial do Niassa.
Segundo o ACNUR, os ataques ocorreram a 24 e 29 de abril e resultaram em mortos, desaparecidos e destruição. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques, aumentando a tensão numa região que já sofre com a expansão do terrorismo desde Cabo Delgado.
O acampamento de caça desportiva de Mariri foi invadido por homens armados, levando à fuga desesperada de famílias inteiras, que agora se abrigam em escolas superlotadas ou nas casas de famílias anfitriãs.
O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, garantiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão no terreno e a cumprir os objetivos de neutralização dos insurgentes. “Estamos a perseguir os terroristas e os relatórios são positivos”, declarou.
Desde 2017, o norte de Moçambique enfrenta ataques de grupos ligados ao jihadismo. Só em 2024, já morreram pelo menos 349 pessoas em acções similares. Continua Aqui