
O Banco Nacional de Investimento (BNI) apresentou uma redução expressiva no seu rácio de crédito em incumprimento, passando de 43,98% no final de 2023 para 14,58% no primeiro trimestre de 2025.
Esta queda coloca o banco próximo da média dos bancos comerciais nacionais, estimada em 13%, segundo dados do Banco de Moçambique.
O desempenho do BNI é apontado como reflexo de uma gestão mais rigorosa do risco de crédito, permitindo ao banco recuperar confiança junto ao mercado e canalizar recursos para sectores produtivos, mesmo em um ambiente económico marcado por incertezas e dificuldades operacionais, sobretudo para pequenas e médias empresas.
Apesar da melhoria geral no sector bancário, algumas instituições ainda enfrentam níveis elevados de incumprimento. O relatório do Banco de Moçambique aponta o Ecobank (48,17%), o Moza Banco (36,58%) e o Access Bank (20,69%) como os que apresentam os rácios mais elevados.
Para além da redução dos créditos malparados, o BNI destacou-se também em outros indicadores. Com um rácio de solvabilidade de 41,90% e uma cobertura de liquidez de curto prazo de 115,31%, o banco demonstra robustez para enfrentar pressões financeiras, garantindo o cumprimento das suas obrigações imediatas sem comprometer a sua estabilidade.
De forma geral, o relatório indica que o sistema bancário moçambicano está a consolidar uma trajectória positiva, mesmo diante de um cenário pós-eleitoral complexo e de abrandamento económico.