
Governo diz que situação estável no Niassa após ataques armados
O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, assegurou esta segunda-feira, em Maputo, que a situação de segurança na Reserva Especial do Niassa (REN), no norte do país, encontra-se estável.
Afirma após uma série de ataques de homens armados que provocaram, pelo menos, duas mortes e desaparecimentos durante os meses de abril e maio.
“Os operadores estão a regressar às suas atividades. Continuamos atentos a qualquer movimentação que possa perturbar a ordem na região”, declarou o ministro, à margem de um seminário sobre os 50 anos da Constituição da República.
Os ataques foram atribuídos a grupos armados ligados ao extremismo islâmico, os mesmos que atuam na província vizinha de Cabo Delgado desde 2017.
O Estado Islâmico chegou a reivindicar, através dos seus canais, a morte de três pessoas no Niassa, número superior ao inicialmente reportado pelas autoridades moçambicanas.
Segundo Pejul Calenga, diretor-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), os insurgentes parecem estar a abandonar a reserva, o que oferece “um sinal de esperança” para o futuro da região.
Apesar da melhoria na REN, novos ataques também foram registados em Cabo Delgado, embora o ministro da Defesa tenha garantido que a segurança foi rapidamente restabelecida, destacando o papel da Força Local, que “continua a operar com bons resultados”.
Em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques terroristas na província de Cabo Delgado, representando um aumento de 36% em relação ao ano anterior, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos de África.
Fonte da notícia: DW África / Agência Lusa