
O político moçambicano Venâncio Mondlane reagiu às declarações de Albino Forquilha, que acusou Alberto Ferreira de ter atropelado as normas.
Mondlane aproveitou a ocasião para tecer duras críticas à elite política do país, responsabilizando-a pela desmoralização da sociedade moçambicana desde os primeiros anos após os Acordos de Paz.
Segundo Mondlane, o Estado moçambicano passou a gerar uma nova classe de ricos — composta essencialmente por indivíduos ligados ao poder político.
“Esses ricos são exatamente aqueles que estiveram mais perto do poder”, afirmou, denunciando o uso de recursos públicos para benefício privado.
“Transformaram-se em grandes empresários porque o poder os aproximava das atividades económicas criadas por eles próprios.”
O político criticou o abandono dos valores cívicos e comunitários, reforçando que “remoralizar a sociedade é praticamente impossível” quando o foco das lideranças não está no interesse público.
Citou ainda a popular expressão “o cabrito come onde está amarrado” como símbolo da corrupção e do oportunismo institucionalizado. Para ele, seria necessário “matar o cabrito ou desamarrá-lo”, como forma de romper com o ciclo de impunidade.
Mondlane recordou ainda o passado produtivo de Moçambique, mencionando o tempo da governação de Joaquim Chissano e exemplos como a fábrica Mabor Moçambique, para contrastar com a atual dependência de importações: “Deixámos de ser produtores para nos tornarmos um país rentista.” Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: O texto foi tirado em uma descrição do vídeo acima .
