
Feizal Sidat, que já ocupa o cargo de 5º vice-presidente da CAF, vê sua responsabilidade ampliada, assumindo agora a liderança de um dos principais pilares do desenvolvimento do futebol africano: as competições de formação. A Comissão é responsável por organizar as edições dos CAN nas três categorias mencionadas, em coordenação com os Comités Organizadores Locais e autoridades dos países anfitriões.
Em declarações à imprensa, Sidat disse receber o novo desafio com “humildade e forte sentido de missão”. Para o dirigente moçambicano, o futebol jovem é a chave para o futuro do desporto no continente. “Tudo farei, com espírito de serviço e colaboração, para honrar esta confiança da CAF e contribuir para o crescimento do futebol africano”, afirmou.
Além da nomeação de Sidat, o presidente da CAF, Patrice Motsepe, anunciou um aumento de 100% no apoio financeiro destinado aos clubes participantes das Afrotaças. O montante atribuído a cada um dos 130 clubes participantes passa agora de 50 mil para 100 mil dólares (cerca de 6,2 milhões de meticais). A medida visa apoiar os clubes em suas despesas logísticas e técnicas nas competições continentais.
Durante a reunião, foi ainda apresentado o Relatório do Comité de Conformidade de Governança, presidido pelo juiz Petrus Damaseb, vice-presidente do Supremo Tribunal da Namíbia. O relatório não identificou qualquer violação nas práticas de governança no Secretariado da CAF, mas recomendou medidas adicionais para fortalecer os processos internos.
Motsepe expressou satisfação com os resultados do relatório e garantiu que as recomendações serão implementadas. Para tal, a CAF contará com a colaboração da consultora internacional PricewaterhouseCoopers (PwC), reconhecida mundialmente pelo seu trabalho em governança institucional.
“A CAF implementará as melhores práticas de governança global, com apoio técnico e especializado. Agradecemos ao juiz Damaseb e ao seu Comité pelo trabalho rigoroso e compromisso com a transparência”, disse o presidente da CAF.
A nomeação de Feizal Sidat reafirma o protagonismo de Moçambique nas estruturas de liderança do futebol africano, num momento em que a CAF aposta fortemente no desenvolvimento das categorias de base e no fortalecimento da sua governança institucional.