
Mamã, acorda! Mamã! É a minha mãe!” Na Caop, um adolescente viu a sua mãe ser morta a sangue frio diante dos seus olhos. Ela foi baleada pela Polícia Nacional de Angola, e ele nada pôde fazer, a não ser gritar, chorar e suplicar por algo que já não tinha volta.
A Polícia Nacional, que deveria proteger a vida e garantir a ordem, tornou-se o instrumento do medo, do abuso e da dor para muitas famílias angolanas. Hoje, a bala que tirou uma vida não atingiu apenas uma mãe… ela perfurou a confiança que ainda restava na instituição policial.
A farda não dá licença para matar!
A impunidade e o silêncio institucional apenas reforçam a barbárie. É preciso responsabilizar os autores. É preciso reformar esta polícia que, ao invés de proteger, está a ceifar vidas e a enterrar famílias em luto.
Esta não é apenas uma tragédia individual. É um retrato sombrio de um sistema que normalizou a violência de Estado contra o povo que deveria servir.