Mudanças na PRM: novo comando busca distanciamento da repressão

Maputo, Moçambique – A Polícia da República de Moçambique (PRM) está passando por uma transformação desde a posse do Presidente Daniel Chapo no mês passado. 

Em um movimento que marca um afastamento da postura dura do antigo comando, o novo líder substituiu quatro altos dirigentes da corporação, incluindo o comandante-geral Bernardino Rafael, conhecido por sua retórica agressiva contra manifestantes.  

O novo vice-comandante, Aquilasse Manda, admitiu publicamente que a polícia pode ter cometido "excessos" no passado – uma declaração impensável sob a liderança anterior. 

Além disso, o Ministro do Interior, Paulo Chachine, tem enfatizado a necessidade de uma atuação policial ética e mais próxima da população, em contraste com a abordagem repressiva da gestão anterior.  

A mudança de tom já se reflete nas ruas: os relatos de repressão violenta a protestos diminuíram significativamente nas últimas semanas, e também houve uma redução nos rumores sobre a atuação de supostos "esquadrões da morte" contra opositores políticos.  

Analistas avaliam que essas alterações são um esforço do governo para reconstruir a imagem da PRM, especialmente após anos de denúncias de brutalidade e perseguição política. 

No entanto, permanece a dúvida se essas mudanças serão duradouras ou apenas estratégicas diante da crescente pressão interna e externa por mais democracia e respeito aos direitos humanos no país. Continua LER na integra... (AQUI)