Nyusi Resiste em Deixar o Poder e Cria Obstáculos para Daniel Chapo
O ex-presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, enfrenta um dilema que está a gerar controvérsia no cenário político do país. Segundo informações veiculadas pelo canal do YouTube "Beleza Em Pessoa" e pelo jornal Evidências, Nyusi continua a interferir na transição de poder, dificultando a actuação do actual presidente, Daniel Chapo.
De acordo com as fontes, Nyusi teme por sua segurança e liberdade, razão
pela qual procura manter-se próximo das estruturas do poder. Especula-se que
ele não deixou a residência oficial na data prevista por não ter um local
considerado seguro para viver. ASSISTA O VIDEO 👇:
O ex-presidente possui várias propriedades, mas acredita-se que a sua
preocupação está relacionada a possíveis processos judiciais e ao temor de
represálias por parte da população, que considera ter sido mal governada
durante os seus dez anos de mandato.
Outro ponto de discórdia envolve a residência oficial destinada ao
presidente da Assembleia da República. Nyusi estaria a disputar esta moradia,
alegando ter direito a ela como ex-chefe de Estado.
Enquanto a situação não se resolve, a actual presidente da Assembleia da
República não pode ocupar a casa e, possivelmente, o Estado terá de custear um
arrendamento alternativo.
A permanência de Nyusi na residência oficial levanta questionamentos sobre
sua influência no governo de Chapo. Observadores políticos apontam que, ao
manter-se próximo do poder, ele pode estar a interferir nas decisões do novo
presidente.
Além disso, sua continuidade na liderança da FRELIMO até o fim do mandato partidário,
previsto para 2027, reforça a percepção de que ele não pretende afastar-se
completamente da esfera política.
A situação tem gerado insatisfação entre sectores da sociedade moçambicana,
que questionam por que Nyusi não segue o exemplo de seus antecessores, como
Joaquim Chissano e Armando Guebuza, que deixaram o poder e foram viver em suas
residências privadas.
Para muitos, sua insistência em permanecer vinculado à estrutura estatal é
um indício de que ele não confia nas instituições que governou por uma década.
Resta saber como esta disputa se desenrolará e se Daniel Chapo conseguirá
afirmar sua liderança sem a sombra do ex-presidente. O caso segue a ser
acompanhado de perto pela sociedade moçambicana e pelos observadores
internacionais.