
PR diz que manifestações fazem parte de “agenda de subversão” para desestabilizar Moçambique
O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou hoje que as manifestações registadas no país desde as eleições gerais de 9 de outubro fazem parte de uma "agenda de subversão", com o objetivo de "desestabilizar" o país.
Durante a sua primeira recepção a diplomatas acreditados em Moçambique por ocasião do novo ano, Chapo declarou: “As manifestações fazem parte de uma agenda de subversão para desestabilizar o nosso país. É a continuação dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado e da guerra dos 16 anos que desestabilizou este país.”
O Presidente reiterou que as "manifestações violentas" não estão relacionadas com os resultados eleitorais, mas visam “instalar o caos” e “delapidar os nossos recursos minerais estratégicos”. Ele também expressou agradecimentos pela solidariedade recebida de países amigos, destacando a resistência histórica de Moçambique contra a colonização e a luta armada pela libertação nacional.
Desde outubro, o país tem vivido um clima de agitação social, com protestos convocados inicialmente pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados das eleições. Embora os protestos atuais sejam em menor escala, as queixas sobre o aumento do custo de vida e problemas sociais continuam a ser um ponto de tensão.
De acordo com a plataforma eleitoral Decide, desde outubro, pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de 20 menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos.
Fonte: Jornal Txopela