
A redução de apenas 43 centavos no preço da gasolina, anunciada pela Autoridade Reguladora de Energia (ARENE), provocou protestos e atos de vandalismo nas cidades de Maputo e Matola.
A decisão gerou duras críticas à gestão económica do Governo, com o empresário Salimo Abdula classificando a medida como “tímida e precipitada”.
Em entrevista à TORRE.News, Abdula alertou que decisões tomadas “em cima do joelho” podem agravar ainda mais o custo de vida dos moçambicanos e aumentar a instabilidade social.
Ele destacou que o combustível tem um impacto direto na estrutura de preços dos bens essenciais, tornando qualquer alteração insuficiente um gatilho para frustração e retaliação popular.
A reação dos cidadãos foi imediata, com bloqueios em vias movimentadas e exigências por uma revisão mais profunda dos preços.
Muitos criticaram o anúncio, lembrando que o Presidente da República, Daniel Chapo, havia prometido um alívio no custo de vida. Para os manifestantes, a redução de 43 centavos é irrisória diante da atual crise económica.
Salimo Abdula defendeu uma abordagem mais estruturada, que inclua cortes nas despesas públicas e aumento de investimentos produtivos. Ele alertou que a falta de um plano económico sólido pode intensificar a revolta e a desconfiança popular.
“Sem planeamento, arriscamos piorar tudo. Não basta anunciar reduções mínimas; é preciso avaliar os impactos a longo prazo”, afirmou.
O descontentamento crescente expõe dúvidas sobre a capacidade do Governo de implementar políticas económicas eficazes. Enquanto a população enfrenta a alta do custo de vida, especialistas alertam que medidas pontuais podem aprofundar a crise e aumentar as tensões sociais.
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Fonte: TORRE.News
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