Durante uma conferência de imprensa realizada na quinta-feira, 17 de abril, em Maputo, o porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), Romualdo Johnam, revelou que três indivíduos foram detidos por envolvimento num esquema de desvio de mais de 490 milhões de Meticais do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Segundo Johnam, um técnico informático da instituição é acusado de ter manipulado o sistema entre os anos de 2021 a 2024, direcionando os valores para contas pertencentes à sua esposa, ex-esposa, familiares e sócios de empresas a ele ligadas.
A fraude foi descoberta pelo Gabinete de Controlo de Operações Suspeitas, que desencadeou a investigação e culminou com as detenções.
“O INSS desencadeou um inquérito onde se apurou que um funcionário usou o sistema informático, alterando os dados que resultaram nos pagamentos a indivíduos de somas avultadas em diversos bancos, a cidadãos não pensionistas com ligação directa ao referido funcionário”, explicou Johnam.
O GCCC indicou que os detidos enfrentam acusações de desvio e benefício indevido de fundos públicos. Este é mais um escândalo que atinge o INSS, que tem enfrentado sucessivos casos de corrupção envolvendo os seus quadros ao longo dos anos.
Na mesma conferência, Johnam destacou ainda outros processos em curso, incluindo o de um magistrado do Tribunal Judicial do Distrito de Manica e de uma médica do Hospital Geral de Mavalane, acusada de práticas médicas ilegais que resultaram na morte de uma paciente que pode acompanhar aqui.
Fonte: Integrity Magazine
