O caso da empresa Luxoflex, cujos sócios incluem Cláudia Nyusi, filha do ex-Presidente Filipe Nyusi, e Hipólito Michel Ussene, filho da Presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, revela a dificuldade do sistema judicial moçambicano em agir contra figuras com ligações ao poder político.
A empresa acumula uma dívida de mais de 304 milhões de meticais junto ao BCI, contraída durante o mandato de Nyusi, período em que firmou diversos contratos com o Estado sem concursos públicos.
Segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), apenas após o fim do mandato de Filipe Nyusi é que o caso avançou judicialmente.
O mesmo padrão foi observado no caso das dívidas ocultas, onde só houve ações concretas após a saída de Armando Guebuza da presidência.
O CDD considera que essa demora evidencia a falta de independência do sistema judicial moçambicano, reforçando a necessidade de uma separação real entre os poderes.
Fonte: MZNews (12 de Maio de 2025)
