
Em Moçambique, o diploma universitário já não é garantia de emprego. Marcelina Chipanga, licenciada em Administração, e Estefânia Sega, formada em Arquitetura, são dois exemplos de mulheres que, diante das dificuldades do mercado laboral, se reinventaram para sobreviver.
Marcelina percorre diariamente os subúrbios de Maputo vendendo molina e bolinhos de coco, enquanto Estefânia trocou os projetos arquitetónicos pela costura, reencontrando na máquina de costura a autonomia negada pelo sistema.
Com um desemprego crescente – que registou um aumento de 1,8% no último trimestre de 2024, segundo dados oficiais –, histórias como estas revelam a dura realidade dos jovens moçambicanos formados que recorrem ao empreendedorismo como alternativa à inatividade e pobreza.
A taxa de escolaridade no ensino superior é de apenas 8,19%, mas mesmo entre os poucos que concluem uma formação superior, o mercado de trabalho continua escasso e exigente. Ainda assim, há quem mantenha viva a esperança de um “amanhã melhor”.
Fonte: Agência Lusa