Durante as comemorações do Dia Internacional do Trabalhador, em 1.º de Maio, o secretário executivo provincial da Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM-CS) na Zambézia, Caetano Galhardo, defendeu que o salário mínimo em Moçambique deveria situar-se entre 40 a 42 mil meticais mensais.
Segundo Galhardo, esse valor é necessário para que as famílias possam suprir suas necessidades básicas, especialmente diante do aumento do custo de vida e das dificuldades económicas que o país enfrenta.
Galhardo destacou que, apesar de medidas como a prorrogação da isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em produtos essenciais até 31 de Dezembro de 2025, os preços continuam a subir nos mercados locais.
Ele atribuiu parte dessa situação à localização geográfica da província e às más condições das vias de acesso, que dificultam a circulação de bens e elevam os custos para os consumidores finais.
Além disso, o dirigente sindical apontou a corrupção como um dos principais entraves ao desenvolvimento local, mencionando que a Zambézia registou 300 casos de corrupção apenas no primeiro semestre deste ano.
Em resposta, o governador da província, Pio Matos, reconheceu a importância da data e saudou os trabalhadores pelo seu papel na construção do país.
Num discurso que evitou abordar diretamente as críticas levantadas por Galhardo, Matos apelou ao reforço da produtividade e à colaboração entre trabalhadores e empregadores, enfatizando a necessidade de disciplina laboral.
Fonte: Jornal Txopela
