
A TotalEnergies anunciou que pretende retomar ainda este ano o megaprojeto de gás natural liquefeito (GNL) em Cabo Delgado, norte de Moçambique.
A informação foi avançada pelo presidente da multinacional francesa, Patrick Pouyanné, durante um encontro com investidores, onde destacou que “o objetivo é conseguir relançar este projeto algures até meados do ano”.
O projeto Mozambique LNG, avaliado em cerca de 17,6 mil milhões de euros, está paralisado desde 2021, quando a empresa declarou força maior devido à violência armada na região.
Contudo, Pouyanné garantiu que a situação de segurança em Afungi — onde a central de produção e exportação está a ser construída — está atualmente controlada: “A área está completamente segura e protegida”.
O financiamento, por sua vez, encontra-se praticamente fechado. O banco norte-americano Exim Bank reafirmou seu apoio com um empréstimo de 4,3 mil milhões de euros, o maior da sua história.
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TotalEnergies tem sido criticada por ativistas por supostamente não respeitar o meio ambiente Foto: Thibault Camus/AP Photo/picture alliance |
O apoio visa beneficiar mais de 68 empresas norte-americanas e manter cerca de 16.400 empregos nos EUA.
Além disso, bancos asiáticos já reconfirmaram um montante adicional de 4,5 mil milhões de euros, restando apenas a confirmação final de instituições europeias.
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, agradeceu publicamente o apoio dos EUA e destacou que o projeto tem potencial para produzir 13 milhões de toneladas de GNL por ano e criar até 40 mil empregos, metade deles localmente.
A TotalEnergies afirma que, embora o projeto ainda esteja formalmente sob cláusula de força maior, todos os preparativos estão em curso para garantir uma retoma segura e eficaz da operação.
Fonte: Lusa / DW África