Líbia à beira de nova guerra civil, mas especialistas veem possibilidade de viragem política

 Líbia à beira de nova guerra civil, mas especialistas veem possibilidade de viragem política

Violência em Trípoli reacende risco de guerra civil na Líbia, mas ONU e especialistas veem espaço para nova solução política

A Líbia volta a enfrentar uma encruzilhada crítica, após confrontos violentos entre milícias e forças pró-governamentais que abalaram a capital, Trípoli, no início de maio. 

O estopim foi a ordem do primeiro-ministro Abdul Hamid Dbeibah para desmantelar milícias armadas, incluindo o poderoso Aparelho de Apoio à Estabilização (SSA), cujo líder acabou morto. 

Os confrontos resultaram em pelo menos oito civis mortos, segundo a ONU, e mais 58 corpos foram encontrados num hospital controlado pelo SSA.

A situação reacendeu o medo de uma nova guerra civil, numa Líbia dividida entre dois governos rivais: no oeste, em Trípoli, liderado por Dbeibah e apoiado pela ONU; e no leste, em Tobruk, liderado por Ossama Hammad com o apoio do general Khalifa Haftar. Este último consolidou o poder sobre várias milícias no leste, enquanto Dbeibah tenta agora fazer o mesmo no oeste.

Apesar do clima tenso, analistas acreditam que os recentes protestos e confrontos podem abrir caminho para uma mudança política. Milhares de líbios manifestaram-se exigindo eleições nacionais e a redação de uma nova constituição, processos paralisados desde o colapso do acordo de paz da ONU em 2021.

A Missão das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) propôs um novo roteiro político com quatro opções, que incluem a realização de eleições parlamentares e presidenciais ou a adoção de uma constituição antes das eleições. 

Para Hanan Salah, da Human Rights Watch, "a crise dos direitos humanos e as divisões políticas não serão resolvidas de um dia para o outro", mas a única saída é o diálogo entre as partes.

Especialistas como Tim Eaton, do Chatham House, acreditam que este momento delicado pode ser aproveitado para revitalizar o processo político, como ocorreu após crises semelhantes em 2014 e 2020. Continua LER mais Clique Aqui

Fonte: Deutsche Welle (DW) – https://p.dw.com/p/4vHqb

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