
Sasol anuncia investimento de 43 milhões de dólares para beneficiar 70 comunidades em Inhambane entre 2025 e 2030
A multinacional Sasol anunciou um novo investimento de 43 milhões de dólares norte-americanos para o segundo ciclo dos Acordos de Desenvolvimento Local (ADL-II), que decorrerá entre Julho de 2025 e Junho de 2030, abrangendo agora 70 comunidades dos distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro, na província de Inhambane.
O valor mais do que duplica os 20 milhões aplicados no primeiro ciclo (2020–2025), e reflete o compromisso contínuo da empresa com o desenvolvimento sustentável e participativo.
Segundo o Director-Geral da Sasol em Moçambique, Ovídio Rodolfo, o novo ciclo seguirá o modelo de escuta e inclusão, onde as próprias comunidades definem as suas prioridades.
A cerimónia de assinatura foi testemunhada pelo Governador de Inhambane, Francisco Pagula, e pela Secretária de Estado, Bendita Lopes.
O evento serviu para reafirmar o papel central da Sasol em regiões marcadas pela ausência do Estado, mesmo após este ter arrecadado cerca de 38 mil milhões de meticais em impostos pagos pela empresa ao longo da última década.
A fraca intervenção estatal é visível em infraestruturas críticas como a EN1, especialmente no troço entre Inhassoro e Govuro, onde se localizam as operações de exploração de gás. Nesse contexto, a Sasol tem assumido grande parte das responsabilidades sociais nas áreas de educação, saúde, desporto e empoderamento comunitário.
Durante uma conferência de imprensa, Ovídio Rodolfo também respondeu ao anúncio do Presidente da República, Daniel Chapo, sobre possíveis renegociações contratuais com multinacionais. Rodolfo assegurou que a Sasol está disponível para dialogar e colaborar com o Governo.
Outro destaque foi o anúncio de que a nova fábrica de gás de cozinha, em fase final de construção, poderá entrar em operação já em Setembro, aumentando o acesso a energia mais limpa e segura para as populações locais.
Apesar dos avanços, persistem críticas à falta de transparência na gestão das receitas do gás. Analistas e membros da sociedade civil questionam o uso das receitas fiscais pelo Estado, considerando o desequilíbrio entre o esforço da empresa e a presença governamental nas zonas produtoras.
“Acima de tudo, investimos nas pessoas, porque são elas o verdadeiro motor da transformação”, concluiu Ovídio Rodolfo. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: Integrity Magazine