RÚSSIA VAI PERMITIR ENTRADA SEM VISTO PARA CHINESES






Moscovo/Vladivostok o presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que a Rússia vai introduzir um regime de isenção de vistos para cidadãos chineses, como resposta direta à decisão de Pequim de permitir a entrada de russos em território chinês sem a necessidade de visto.

O anúncio foi feito durante o Fórum Econômico do Oriente, em Vladivostok, onde Putin destacou que a medida reforça a parceria estratégica entre Moscovo e Pequim, num momento em que ambos os países procuram estreitar laços diplomáticos, económicos e turísticos.

“A amizade entre Rússia e China traduz-se em gestos concretos. Se os nossos parceiros abriram as portas aos russos, nós também abriremos as nossas aos cidadãos chineses”, declarou Putin, perante líderes empresariais e representantes governamentais.

No início da semana, a China anunciou que cidadãos russos com passaportes comuns poderão entrar no país sem visto, entre 15 de setembro de 2025 e 14 de setembro de 2026, com permanência máxima de 30 dias para turismo, negócios, visitas familiares, trânsito ou intercâmbio cultural.

Especialistas avaliam que a medida pode impulsionar o turismo bilateral e dinamizar os setores de comércio e investimentos.



Embora os detalhes sobre a data de entrada em vigor da isenção russa ainda não tenham sido formalizados, fontes próximas ao Kremlin adiantam que o processo será célere e deverá seguir moldes semelhantes ao modelo chinês.

Para muitos analistas, trata-se de mais do que uma política de turismo. A isenção de vistos é vista como um sinal político claro de alinhamento Moscovo–Pequim, em contraste com o crescente isolamento da Rússia no Ocidente.

“Não é apenas sobre viagens. É sobre mostrar ao mundo que Rússia e China caminham juntas num novo eixo de poder global”, comentou um investigador do Instituto de Relações Internacionais de Moscovo.

quanto setores empresariais russos e chineses celebram a novidade, críticos no Ocidente interpretam a medida como parte da construção de um “bloco alternativo” liderado por Moscovo e Pequim.

A decisão levanta ainda questões sobre como outros países asiáticos irão reagir, especialmente aqueles que mantêm disputas comerciais ou políticas com os dois gigantes.

A abertura das fronteiras sem visto entre Rússia e China marca um passo histórico na relação bilateral. Mais do que facilitar viagens, é um movimento estratégico que promete redefinir as dinâmicas de poder na Ásia e no mundo

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