Redmond/Médio Oriente. A Microsoft confirmou neste sábado, 6 de setembro de 2025, que vários cabos submarinos intercontinentais foram cortados no Mar Vermelho, provocando perturbações no tráfego de dados entre a Ásia, o Oriente Médio e a Europa.
A empresa informou que clientes do Azure, sua plataforma de serviços em nuvem, podem enfrentar aumento de latência em aplicações que dependem de rotas pela região. Contudo, a Microsoft garantiu que o tráfego já está a ser redirecionado por rotas alternativas, de modo a reduzir os impactos para os utilizadores.
O que disse a Microsoft
Em comunicado oficial no seu portal de status, a empresa destacou:
“Estamos cientes dos cortes nos cabos submarinos no Mar Vermelho que afetam rotas de dados intercontinentais. Estamos a redirecionar o tráfego e continuaremos a fornecer atualizações diárias, ou antes, caso haja desenvolvimentos relevantes.”
Segundo a gigante tecnológica, clientes cujos serviços não atravessam o Oriente Médio não estão afetados pelo incidente.
Contexto do incidente
Relatos da imprensa internacional indicam que os cortes ocorreram nos cabos SMW4 e IMEWE, sistemas de grande importância para a conectividade global. Países como Índia, Paquistão e Emirados Árabes Unidos já reportaram lentidão na rede, levantando preocupações sobre a segurança das infraestruturas críticas de internet na região.
Autoridades locais ainda não confirmaram a causa dos cortes, mas especialistas não descartam a possibilidade de sabotagem, dada a sensibilidade geopolítica da área.
Impacto global
Cabos submarinos transportam mais de 95% do tráfego internacional de internet, e qualquer falha pode ter repercussões em escala mundial. Embora a Microsoft e outros operadores de rede estejam a trabalhar em rotas alternativas, a recuperação total pode levar semanas, dependendo da extensão dos danos.
“Este episódio mostra a vulnerabilidade das infraestruturas digitais globais. Uma única falha em pontos estratégicos pode impactar milhões de usuários em diferentes continentes”, avaliou um analista de cibersegurança ouvido pela Associated Press.
 A confirmação da Microsoft reforça a gravidade do incidente no Mar Vermelho. Embora as medidas emergenciais tenham evitado um colapso maior, a situação expõe a fragilidade das redes que sustentam a economia digital mundial.
